Como boa cidade turística que é, Mendoza tem várias opções de hospedagem, para todos os gostos e bolsos.
De um modo geral, há hotéis urbanos e rurais. Os rurais, na sua maioria, estão associados a bodegas ou a grandes propriedades rurais, prezando pela rusticidade e pela elegância. Nesse segmento, até onde posso me recordar, não há opções baratas. Acho que, na próxima viagem, ficarei num hotel rural.
Os hotéis urbanos, porém, apresentam gama variada de localização, qualidade e preço. Há um Ibis afastado do centro da cidade, quase um hotel de beira de estrada, que constitui uma opção econômica e segura (costumo dizer que o Ibis é o McDonald’s dos hotéis, porque o padrão de qualidade é o mesmo em todos os lugares do mundo). Ficar afastado do centro, em geral, tem a vantagem dos preços mais em conta, mas dificulta bastante o acesso às facilidades que a cidade apresenta, como passeios a pé, restaurantes, mercados, transporte público e segurança.
No centro, o visitante de Mendoza há que ter em mente que a parte mais nobre da cidade (a Ipanema de lá) é o triângulo situado entre a Plaza da Independencia e a Av. Belgrano, no trecho entre a Av. Pedro Molina e a Av. de las Heras. Qualquer hotel situado neste triângulo pode ser considerado “bem localizado”. A região é segura e tem tudo o que um turista quer e precisa a poucos passos, desde lojas e vinho até um cassino, passando por mercado, sorveteria e restaurantes.
Fiquei hospedado no Diplomatic Hotel Mendoza, na Av. Belgrano, situado na base desse triângulo. Ele tem um ar clássico meio retrô, com colunas dóricas e muita madeira na decoração, além de um belo lustre (meio cafona) no hall de entrada. Os quartos são muito confortáveis e grandes, extremamente confortáveis, bonitos e bem decorados – nem parece que as áreas comuns do hotel são tão cafonas.
O banheiro tem banheira e chuveiro (separados!), e isso é um ponto bastante positivo na avaliação que faço do hotel. Esse negócio de tomar banho de pé na banheira me apavora; o risco de escorregar, cair, se machucar e pôr fim à viagem é grande. A única ressalva que faço diz respeito à vedação da porta do box, que permite o vazamento de água para o exterior, causando uma inconveniente inundação no banheiro (o caimento está longe da perfeição e, mesmo que fosse bom, o ralo fica longe dali).
O café da manhã é ótimo, mas carece um pouco de opções não engordativas. O café expresso é ruim (como ocorre normalmente na Argentina), mas as medialunas são disputadas a tapa pelos comensais, tanto que desaparecem rapidamente do buffet e demoram muito a serem repostas.
Um ponto positivo do hotel é que ele não cobra pelo estacionamento.
Na própria Av. Belgrano há algumas opções de restaurantes, dentre os quais destaco a pizzaria Orégano (foto acima), na esquina do hotel. Descendo a Av. Sarmiento em direção à Plaza Independencia, há diversas opções de restaurante e uma loja de vinhos (SolyVinos) que será tema de um post específico.
O Cachambi não é aqui! 