Hotéis

Vou falar um pouco dos hotéis em que me hospedei na minha viagem à Europa.  Assim, poderei falar de algumas curiosidades relacionadas e dar algumas dicas – quiçá úteis – para quem pretende viajar para os lugares onde estive.

Antes, porém, preciso explicar o critério de escolha que eu me impus quando realizei a pesquisa e, finalmente, as reservas: uma conjugação de preço e localização, com certa dose de bom senso e o poder de veto da Fiona.  Nada de hotéis listados em revistas especializadas em turismo: isso é coisa de magnata.  Ainda assim, todos os que escolhi se revelaram mais que satisfatórios.  Vamos a eles.

Praça do Sol vista do quarto do Hostal Victoria

Madri: depois de muito pesquisar, recebi de uma amiga a dica de me hospedar no Hostal Victoria, na Praça do Sol (não é na praça, mas é a quinze passos dela, sem exagero).  Uma dica ótima, tanto pela localização quanto pelo conteúdo (o preço, então, nem se fala: paguei 52€, uma pechincha em se tratando de Europa).  Não é um, mas são três Hostals, e escolhi ficar no mais perto da Praça do Sol, o Victoria II.  Apesar de a arrumadeira brasileira ser uma anta e não saber dar nenhuma informação (nem sobre um bom restaurante nas redondezas), eu não tenho o que reclamar do hotel.

Fachada do hotel
Fachada do hotel

Barcelona: procurei bastante por uma pechincha em Barcelona (preço bom e localização boa), mas esse binônio lá é cruel: preço e localização são dois lados da mesma moeda e quando um está para cima, o outro está para baixo.  Aí eu resolvi seguir a dica do meu pai e pegar um hotel que, apesar de um pouco mais caro, era muito bem localizado – o Hotel Condal, o hotel em que Johnny (do filme “Meu nome não é Johnny”) vai vender a cocaína que levou para a Europa, e que apresentou uma boa relação custo-benefício.  Um dos recepcionistas, que trabalha durante o dia nos dias de semana, é luso-brasileiro, morou em São Paulo, e é um sujeito fora de série.  Os demais são bastante mal-humorados.  O hotel é limpo mas os serviços são um pouco falhos: não colocaram toalha no meu apartamento em um dia (eu só descobri depois que terminei o banho) e, no outro, não colocaram copos descartáveis.  Nada muito terrível, salvo o fato de ter que se vestir molhado para descer e pegar uma toalha, já que o hotel só dispõe de um funcionário durante a noite (na recepção) e ele não pode abandonar o posto.  Além disso, o hotel não tem um tratamento acústico muito bom, e como as ruas em Barcelona são todas muito barulhentas, quem tem problemas para dormir pode sofrer um pouco (não é o meu caso).  O café da manhã de lá (não incluído na diária), na verdade, não é um café da manhã de hotel (em que se paga uma quantia para comer o que quiser de um buffet), mas uma lanchonete que fica aberta e você paga pelo que você pede – enfim, é uma lanchonete, e cara.

Recepção do hotel
Recepção do hotel

Paris 1: na minha primeira parte da estada em Paris, fiquei no Hotel Albouy.  É um hotel jeitosinho, no 10º arrodissement, a 100 metros (ou um pouquinho mais que isso) da estação de metrô mais próxima.  Tem o menor elevador que eu já vi na vida: só dá para duas pessoas e olhe lá.  Mas no resto ele é ótimo: limpo, cheiroso e bonito, com atendentes muito simpáticos e solícitos.

Localização do escritório do hotel
Localização do escritório do hotel

Veneza: fiquei no Dimora dei Fiori, perto da estação de trem e do terminal de ônibus.  Na verdade, a recepção fica ali, porque o hotel em si (quero dizer, os apartamentos) ficam em outro lugar (não muito distante), numa rua calma e silenciosa, na beira do caminho sul para a Praça de San Marco.  Os quartos ficam num prédio residencial, e por isso você tem que andar com quatro chaves no bolso (para entrar no condomínio, no prédio, no andar e no apartamento) tem uma decoração meio estranha mas é bom.  Na alta temporada, há um cafezinho da manhã frugal (biscoitos maisena e torradinhas com geléia) deixado no quarto como cortesia.  A decoração é meio estranha, mas eu não estou nem aí para isso.  Não tem chuveiro, só ducha de mão.  O pagamento é feito no check-in e a recepcionista foi extremamente atenciosa, dando um mapa e todas as informações minimamente necessárias sobre Veneza e o funcionamento do hotel.

Hotel Ibis La Defènse

Paris 2: na volta de Veneza, fiquei no Hotel Ibis La Defènse Centre, o Mc Donald’s dos hotéis.  Tem o mesmo padrão no mundo todo, boa localização e bom preço, principalmente no fim de semana, quando ele se torna definitivamente a melhor opção de hospedagem em Paris.  Fica na zona 3 e, por isso, vc tem que comprar o Carte Orange (bilhete semanal de metrô) para abrigar esta zona – paga-se cerca de cinco euros a mais por isso mas vale a pena.

Localização privilegiada do Hotel The Moon em Bruxelas

Bruxelas: o Hotel The Moon ganha qualquer outro pela localização.  Ele fica a 200m (ou menos) da Grande Praça e a 300m (ou menos) da Gare Central.  É arrumadinho e tem café da manhã suficiente incluído na diária (pão de forma, croissant, queijo, suco, café, leite e mais umas coisinhas).  As paredes são um pouco finas e, por isso, o barulho da rua e das áreas comuns do hotel entram no quarto, mas não de maneira insuportável.  Não tem elevador, mas ele fica tão perto da estação de trem que vale mais a pena subir as escadas que andar por Bruxelas com a bagagem na mão.  O pagamento também é no check-in.

Fachada do City Hotel Utrechtsestrasse, em Amsterdã

Amsterdã: foi a escolha mais difícil, visto que era a hospedagem mais cara do meu roteiro pela Europa.  A escolha ficou entre dois hotéis, mas um foi vetado pela Fiona porque nas suas avaliações constava a aparição de um rato no quarto de um hóspede.  Optei, então, pelo City Hotel Utrechtsestraat, que fica a cinco metros da Rembrantplein – o centro da vida noturna de Amsterdã, o que pude comprovar no sábado, dia do jogo entre Holanda e Rússia pelas quartas-de-final da Eurocopa.  A Holanda perdeu e, mesmo assim, durante a noite, o barulho vindo da rua incomodou; imagina se a Holanda houvesse ganhado?…  Além disso, para chegar ao meu quarto, eu tinha que subir 67 degraus…  Mas o quarto era muito espaçoso (com direito a varandinha dando para a praça) e o banheiro também (aliás, o banheiro era um espetáculo).  O café da manhã custava cinco euros por pessoa, pagos antes de cada café, e era muito satisfatório – opção melhor que fazer compras.  É bem servido de transporte, com três linhas de bonde sendo que duas ligando com a estação central.  Os funcionários oscilam entre o falsamente simpático e o verdadeiramente antipático e não ajudam a subir as malas pelos 67 degraus.  Aqui, também, o pagamento é no check-in.

3 Comments

  1. ola, primeiramente parabens pelo blog.
    Gostaria de saber os preços das diarias nestes hoteis.

    Diogo, seja bem vindo e volte sempre.
    O preço das diárias varia conforme a época do ano que você viaja. E eu estive lá há quase dois anos. Muito provavelmente, os preços já não são mais os mesmos. Sugiro que você pesquise no site dos hotéis ou em sites de buscas de hospedagem para ver o preço atualmente cobrado para a época que você pretende viajar.

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